quarta-feira, 10 de abril de 2013

Fraga do Corvo em Avidagos

Património Imaterial - Fraga do Corvo - Freguesia de Avidagos
O sítio arqueológico de Fraga do Corvo é um sítio de arte rupestre, localizado a cerca de dois quilómetros e meio da sede da freguesia, no cume de um pequeno cabeço aplanado, repleto de afloramentos de xisto. As gravuras estão insculpidas na parede rochosa de um pequeno abrigo de xisto. Apesar da destruição parcial, é possível ver várias gravuras antropomórficas esquemáticas e círculos encimados por cruzes e um sol.

Foi proposto para classificação como imóveis de interesse concelhio e delimitados os respectivos perímetros de protecção na planta actualizada de condicionantes os seguintes valores.

Conto da Fraga do Corvo

Conta-se que certo dia um velho foi beber água a uma fonte e enquanto bebia prenderam-lhe o nariz. Não lho queriam soltar e ali ficou muito tempo. Com ele ia sempre ter uma cadelinha, mas como o velho estava demorado foi a filha mais nova saber do pai. Quando o encontrou as fragas abriram-se e ela entrou. Lá dentro era um palácio riquíssimo. Contaram-lhe então que numa noite uma cobra lhe ia aparecer a qual lhe teria de dar um beijo. Então quando a cobra apareceu a menina encheu-se de confiança e deu-lhe um beijo. Esta após o beijo transformou-se num príncipe, com quem casou ficando a viver no palácio.

Após algum tempo a moça começou a ficar com saudades do pai e das duas irmãs. Pediu então para poder ir ver os seus familiares. O desejo foi permitido com a condição de ir a cavalo e quando este relinchasse ela teria de regressar. Acontece que ela não ouviu o cavalo e chegou ao palácio a pé muito atrasada. Passado algum tempo pediu novamente para ir ver o pai doente. Deixaram-na ir mas com um anel que quando lhe apertasse o dedo era a hora de voltar. Quando chegou a casa do pai, as irmãs viram o anel e pediram para o poderem ver, e quando o anel começou a encolher a moça não o tinha no dedo e portanto mais uma vez chegou tarde ao palácio. Quando pela terceira vez a moça pediu para ir ver os familiares foi-lhe recusado mas, permitiram que eles a viessem ver ao palácio. Quando entraram no palácio entre as rochas uma das irmãs morreu logo de pasmaceira com o encanto. A outra com maus fins ofereceu-se para servir a irmã e o seu príncipe fazendo o jantar para todos. Ela fez o comer mas primeiro deram de comer à cadelinha que morreu pois estava envenenado. A irmã foi então expulsa do palácio. Assim o pai, a filha mais nova e o seu príncipe ficaram a viver no palácio para sempre.

Por: Maria de Fátima Gomes, 24/04/2009
Fonte: http://mirandela-sistmir.blogspot.pt/2011/06/patrimonio-arqueologico-buraco-da.html

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