Avidagos teve, em tempo idos, uma Banda Filarmónica. Manuel Alfredo Fontoura, no seu livro de memórias, escreveu o seguinte:
“Nos tempos passados, na minha infância, recordo haver uma bela banda de música de sopro, com todos os instrumentos, não esquecendo os ferrinhos, os bombos e os pratos, etc., e que meu pai Adriano e meu irmão mais velho, o Ernesto, eram membros dessa banda.
Tocavam nas festas da terra e eram convidados para irem às festas das aldeias do concelho, porfiando, em partituras, com outras bandas. Um dia, e já lá vão tantos anos, recordo-me que a banda tocou uma marcha fúnebre, e, ao mesmo tempo tão bonita e comovente, no funeral de uma vizinha, muito nova, de nome Leontina, de muitas saudades, a ponto de me marejarem os olhos, neste momento ao escrever esta saudosa memória!
É justo que relembre aqui o nome do Maestro desse tempo, que presidia à banda, o Sr. Pelotas, o qual num concurso de chefes de bandas, em Lisboa, por esse tempo, ganhou o primeiro prémio, um cornetim em ouro! Dessa banda restam apenas dois elementos: meu irmão Ernesto, com 98 anos e o Sr. João Silva, de 99. São os habitantes mais idosos de Avidagos!”
Bibliografia: Manuel Alfredo Fontoura. Coisas Minhas. Lisboa: 2007.
Avidagos minha terra
ResponderEliminarAldeia bela a branquejar
És um planalto
És uma flor de encantar.
Parabéns ao Filipe Ribeiro por este trabalho.
1 Não é em vão que se nasce em Trás-os-Montes. Ser trasmontano é mais do que o sentimento de pertença a um lugar, por mais forte que seja o apelo telúrico. Ser trasmontano é uma marca distintiva,um modo de ser português, uma forma de estar na vida e de se relacionar com os outros. Ser trasmontano também é ser voluntarioso e intransigente nos princípios, de antes quebrar que torcer, não se dobrar perante ninguém, dizer o que pensa sem medo nem papas na língua.
(Edite estrela )
Este é o reino maravilhoso de Miguel Torga. Eu, tenho a felicidade e orgulho de fazer parte deste Reino.
Amândio de Jesus Agostinho